Escritores

ESCRITORES: Entrevista com Carol Sabar

11:00Isabela Lapa

Carol Sabar é mineira e apaixonada por livros. Repleta de fãs e seguidores, os seus livros, do gênero Young Adult, são um sucesso entre os jovens. Ela se sente realizada com a carreira e tem muitos planos pela frente! 

Confiram a entrevista exclusiva que ela deu para o nosso blog e conheçam um pouco mais sobre o seu trabalho:


Carol, você é engenheira por formação. Como foi decidir entre a sua carreira de engenheira e a literatura?



Na verdade, eu não precisei decidir, graças a Deus! As duas carreiras me completam, embora, aparentemente, sejam tão diferentes entre si. Eu gosto dos números como gosto das palavras. 



O que mais te motiva a escrever? Como surgiu essa vontade?

O que mais me motiva a escrever é a possibilidade de me divertir, de viver muitas vidas através dos personagens que eu crio. Morro de rir comigo mesma quando tenho uma ideia legal para alguma cena. E essa sensação é viciante! Assim que eu me formei em engenharia, comecei a escrever para me distrair. No início, escrevia textos soltos, contos, nada muito profissional. Até que uma boa ideia para um livro surgiu, eu me apaixonei por ela e trabalhei intensamente no desenvolvimento da história. 


Você busca inspiração em quê para criar as suas histórias?

A inspiração surge a qualquer hora, em qualquer lugar. Desde algo interessante que leio na internet até uma música que ouço ou um bom caso que escuto por aí. Tenho ideias quando estou dirigindo, estudando, tomando banho, dormindo... Minha mente não para! Principalmente quando estou no meio do desenvolvimento de algum livro. Fico 100% ligada. 


O que considera mais difícil ao escrever: construir a história, formar a personalidade dos personagens ou transmitir a idéia de forma clara?

Com toda certeza, o mais difícil para mim, durante a escrita, é transmitir a ideia de forma clara. Gente, eu sofro muito para escrever, vocês não fazem ideia! Tenho que batalhar mesmo, palavra por palavra, até ficar satisfeita com o texto. Tem dias em que fico horas para escrever um único parágrafo. 


Nas suas histórias você procura falar de relacionamentos entre casais adolescentes. Ao escrever costuma colocar situações que já vivenciou ou se baseia apenas na imaginação?

Eu me baseio em tudo. Nas minhas próprias experiências, nas experiências dos outros, enfim, não tenho um padrão. Mas, na maioria das vezes, os personagens e as situações em que eles se metem são frutos unicamente da minha própria imaginação. 

               

Qual a sensação de falar de amor para jovens, que são sempre tão românticos e em regra buscam o par ideal?

É uma delícia. Eu já fui adolescente e já me apaixonei pelos meus ídolos e por garotos que nem sequer falavam comigo. Eu adoro essa coisa do amor platônico, e adoro principalmente a possibilidade de transformar esse amor em realidade através dos meus livros. 


Na sua opinião, como a leitura pode influenciar na construção de uma sociedade melhor?

A leitura abre fronteiras, a leitura ensina através da diversão. Em minha opinião, o desenvolvimento de longo prazo de uma sociedade depende muito mais da disseminação de informação e de cultura entre seus cidadãos do que de seu imediato crescimento econômico, que muitas vezes pode ser passageiro, sem bases sólidas.


Algum escritor contribuiu para a sua decisão de se tornar escritora?

Eu me inspiro em vários escritores. Sophie Kinsella, Meg Cabot, Paula Pimenta e Carina Rissi estão entre as minhas escritoras preferidas do gênero chick-lit.


Quais os livros nacionais indica para quem quer criar o prazer pela leitura?

Vou indicar livros de entretenimento, porque os clássicos as escolas já indicam. Então vamos lá: “Fazendo meu filme”, da Paula Pimenta; “Simplesmente Ana”, da Marina Carvalho. “Perdida”, da Carina Rissi. “Os Espiões”, do Luis Fernando Veríssimo. 


Como você vê essa novo estilo de literatura para jovens, o Young Adult, em que se concentra em temas mais polêmicos e em temáticas mais adultas?

O “young adult” (ou literatura para jovens adultos) é um estilo de literatura muito atraente por permitir que os leitores se identifiquem com os personagens, que torçam por eles, o que, sem dúvida, é algo essencial para se contar uma boa história. Essa identificação é ainda mais imediata quando os livros abordam temas polêmicos, com personagens cheios de qualidades e defeitos, personagens que erram e se arrependem como qualquer pessoa normal. Alguns desses personagens, inclusive, são tão reais que chegam a irritar. 


E aos futuros escritores? O que tem a dizer e/ou sugerir?

A dica que eu dou é: escreva muito, leia muito. Não existe mágica!

Escrever é uma questão de amor, mas principalmente de prática. Quanto mais se faz, melhor se faz. E o mais importante: só apresente seu original para uma editora se você estiver 100% seguro de que deu o melhor de si.


Como você lida com o sucesso em torno dos seus livros? A que atribui?

Eu adoro conversar com os leitores pelas redes sociais, é muito gratificante, a sensação de dever cumprido! Acho que os leitores gostam dos meus livros por serem livros de humor. E rir é bom demais!


O que pensa sobre a excessiva valorização dos escritores e livros estrangeiros no nosso país? Acha que as editoras contribuem para isso?

Eu não acho que exista uma excessiva valorização dos escritores estrangeiros no nosso país. O que eu acho que existe é uma valorização das boas histórias. Ainda bem que é assim! Para mim, não interessa se o escritor é estrangeiro ou nacional, o que eu busco, como leitora, é um bom livro, que conte uma boa história. As editoras pensam da mesma maneira. Se o livro for bom (bom de verdade), ele vai ser publicado, mais cedo ou mais tarde, basta que alguma editora o descubra. 


Quais os seus novos projetos? Tem previsão para novos livros?

Escrever virou um vício de que não quero me curar. Ainda não sei se vou escrever uma continuação para um dos meus livros já lançados ou se vou partir para uma história completamente nova. Só sei que vou escrever! 


Tem a intenção de continuar a escrever para jovens ou pretende escrever sobre outros assuntos e para outros públicos?

Por enquanto, não me vejo escrevendo para outro tipo de público, muito menos sobre outros assuntos que não sejam de entretenimento. 


Ficamos sabendo que terá um lançamento do livro “Azar o Seu” em Belo Horizonte. Fale um pouquinho pra gente!

Sim! O lançamento em Belo Horizonte será no dia 27 de julho (sábado), na Leitura do BH Shopping, a partir das 14h. Vai ter bate-papo, sorteio de brindes e sessão de autógrafos.


Antes de finalizar, vamos a algumas perguntas rápidas:

Se eu fosse um personagem eu seria Hermione Granger.

Meu filme preferido é “Diário de uma paixão”

Vejo a leitura como diversão.

Já li mais de uma vez e nunca me canso: “Crepúsculo”.


E aí leitores, curtiram a entrevista com a Carol? Muito simpática, não é mesmo?

Quem for de Belo Horizonte não pode faltar no lançamento do livro! Será uma tarde muito agradável! 

Outras informações e novidades podem ser encontradas no site da Carol. Basta clicar aqui.





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2 comentários

  1. Olá ,

    Adorei sua entrevista com a Carol,foi bom saber um pouco mais de seus pensamentos e projetos..

    Beijos,

    Dayana.
    leitorasdobrasil.blogspot.com.br

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  2. Anônimo19:48

    A Carol é realmente extraordinária!

    ResponderExcluir

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