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NOTÍCIAS: A utilização dos quadrinhos como forma de superar a anorexia

04:30Isabela Lapa


Por meio de uma história em quadrinhos uma artista britânica revelou a dificuldade que teve para vencer a anoxeria, um transtorno alimentar que conduz a uma busca incessante pela perda de peso.

Na revista intitulada "Lighter than my Shadow" (Mais leve do que minha sombra, em tradução livre), Katie Green, atualmente com 30 anos, desenhou todas as ilustrações e escreveu os diálogos à mão, elegendo o preto e branco como a cor dos quadrinhos.

Para ela, esta foi a melhor forma de expressar o clima sombrio e pesado que pairou sobre a família, que foi completamente afetada por sua doença. Os quadrinhos mostram como Katie enfrentou dificuldades para comer já na infância, quando começou a criar estratégias para despistar os pais.
Uma passagem do primeiro capítulo mostrou a menina, de maria-chiquinhas, escondendo fatias de pão no bolso do casaco e aparecendo na cozinha com o prato vazio. “Muito bem”, dizia sua mãe, acreditando que a filha havia tomado o café da manhã. Temendo que os pais vissem o pão no lixo, ela começou a esconder as fatias atrás de uma estante no seu quarto.

O livro sugere que episódios como esse levaram a família a fazer terapia. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a artista disse que admira a forma como seus pais e a sua irmã a apoiaram quando ela precisou deixar a escola para ser tratada em casa. “Deve ter sido horrível para eles ver que eu estava tentando me autodestruir”, diz ela.

Com a ajuda de terapeutas e nutricionistas, Katie seguiu uma dieta balanceada e lembra ter encarado a situação como se “a comida fosse o remédio para sua doença”. No entanto, ao voltar para a escola, no último ano do ensino médio, ela se sentiu mais vulnerável do que nunca.



“Esse foi o momento mais perigoso, porque as pessoas achavam 
que eu estava bem, mas por dentro eu estava desesperada”.

Seis anos mais tarde, Katie conta sua história em 504 páginas, mas diz que escrever o livro não foi uma catarse. Há tempos ela não pensava mais no controle obsessivo de sua alimentação e em todas as outras questões que envolvem a doença, e o projeto lhe trouxe memórias de uma época que ela gostaria de esquecer. Ela diz ter encontrado a cura após a graduação, quando se matriculou em um curso de arte. 

“Foi a grande virada”. (...) “Mas se eu conseguir ajudar famílias a lidarem com a complexidade que é viver com uma adolescente com distúrbio alimentar 
já terá valido a pena”.

Esta matéria é uma prova da importância da arte na vida das pessoas!



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