A menina que roubava livros Cinema

O contexto histórico do Holocausto no filme "A Menina que Roubava Livros"

00:30Universo dos Leitores


A Menina Que Roubava Livros, best-seller do escritor Markus Zusak foi adaptado para o cinema e a estreia aconteceu na sexta-feira, 31 de janeiro. O filme, que teve como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial e o evento do Holocausto, apresentou inúmeras questões históricas que merecem ser destacadas: 

- A personagem principal, Liesel, roubou um livro que escapou de uma fogueira feita pelos nazistas. O interessante dessa passagem é que a as queimadas de obras literárias aconteciam com freqüência em razão da intenção de limitar as expressões artísticas de judeus e poloneses, que não eram consideradas alta intelectualidade pelos superiores nazistas. Inclusive, essa intenção ficou clara no discurso do Prefeito, que argumentou no sentido de que as crianças alemãs deviam se distanciar desse tipo de literatura se quisessem ser inteligentes. 

- Em um segundo momento, Liesel assistiu a uma passeata de judeus pela cidade. A cena foi condizente com um evento comum nas cidades da Alemanha e que era conhecido como desfile. Nestas ocasiões, as vítimas do holocausto eram maltratadas e obrigadas a caminhas por longas distâncias em água ou alimentos. Para intensificar a gravidade desse contexto, em uma dessas passagens, o filme mostrou Liesel sendo empurrada e machucada por um dos oficiais nazistas no momento em que ela se misturou com os judeus. 

- Rudy, o grande e fiel amigo de Liesel, é membro de um grupo chamado Juventude Hitlerista, que foi criado com o intuito de disseminar o pensamento nazista entre os jovens alemães. Os jovens participavam de corridas que colocavam à prova a força física e com isso, identificavam os possíveis garotos que fariam parte do exército alemão. 

- A punição e a perseguição aos alemães que não integravam o Partido Nazista também eram coisas comuns no período do Holocausto e foram representadas no filme. Han, o pai adotivo de Liesel, que se recusava a participar do partido, foi chamado para a guerra no momento em que se confrontou com um policial. Essa postura servia para demonstrar a intolerância perante aqueles que não concordavam com os ideais de Hitler. 

- Outra questão retratada no filme com muita propriedade foi referente ao preconceito e aos maus tratos com os judeus. Em diversos momento da história foi possível perceber a agressividade da postura dos alemães, que tinham por hábito destruir até mesmo os estabelecimentos administrados pelos judeus. 

Seja pela beleza da história ou pela importância histórica, vale a pena conferir!




















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