Confie em mim eu sou o Dr. Ozzy Crítica

Confie em mim eu sou o Dr. Ozzy, por Ozzy Osbourne

00:00Universo dos Leitores

Quando você reflete sobre aconselhamentos de cunho pessoal, logo pensa em compartilhar com amigos, parentes, pessoas com alguma ligação afetiva e intelectual, terapeutas ou psiquiatras para dar conselhos e conversar sobre o que te aflige, mas nunca pensaria em “Sir” Ozzy Osbourne. Se existe uma pessoa realmente “errada” no mundo, essa pessoa é o príncipe das trevas. Mas não necessariamente o que é “errado” é ruim. Eu sou uma fã confessa, apaixonada e partidária do roqueiro, aí aí de alguém chegar para essa jornalista que vos escreve e começar a ofender meu rei.

Um verdadeiro sobrevivente do rock, Ozzy “enterrou” muitos de seus colegas de profissão, só para citar alguns poderosos podemos nomear Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrison, Bon Scott, George Harrison até Amy Whinehouse. Então por que não ouvir o que ele tem a dizer? Talvez ele tenha a “cura” para eternidade. A ideia do livro “Confie em mim eu sou o Dr. Ozzy” veio a partir da coluna “saúde e relacionamentos” que Ozzy Osbourne tem no jornal ‘Sunday Times Magazine’, de Londres.
Nessas quase 300 páginas você encontra de dúvidas sexuais e afetivas a um índice de A a Z sobre queixas ‘incomuns’. Imagine só até dúvidas sobre drogas, remédios tarja preta, inseguranças e bulling, tudo o saudoso Sr. Osbourne tem uma resposta na ponta da língua. 

Como um hipocondríaco assumido Ozzy já leu e acabou por desenvolver sintomas jamais pensados por meros mortais. Do mais bizarro ao mais comum problema que o paciente tenha, a cada 10 perguntas 8 delas tem, na resposta, acontecimentos reais. Às vezes a resposta vem recheada com ironias, outras vêm como tom de brincadeira sendo quase um stand up e em quase 90% das vezes as respostas vem com relatos de suas próprias experiências que podem ser traduzidos como aprendizado ou dica de “não cometa o mesmo erro”. Ele já foi gago, e se curou da gagueira largando o vicio das drogas. Ele já teve suores noturnos terríveis que eram causados pelos lençóis de náilon. Até ideias para o seu funeral.
Quando li “Eu sou Ozzy” já sabia da existência de “Confie em mim eu sou o Dr. Ozzy” e assim que terminei a leitura tive certeza que queria ler esse livro. Existem pessoas no mundo que são únicas, nasceram iluminadas e com um talento que o universo conspira a favor. Esse senhor de idade tem muitas histórias para contar, seu próprio destino na música já é um giro do universo. Em cada resposta é palpável sentir o humor ácido, o sarcasmo fofo, a inteligência de um ser quase imortal, as experiências loucas. E não posso esquecer de mencionar a imaginação alucinada do leitor assim que chega ao ponto final de cada frase, eu coloquei a minha para fluir, e eu não sou um exemplo de imaginação fértil.

No inicio do livro o conselheiro do rock comenta que cientistas o usaram de “cobaia” e fizeram um mapeamento do seu genoma, e aqui preciso abrir um parêntese e fazer uma confissão, eu passei seis capítulos lendo linha por linha pensando “qual o resultado desse mapeamento”, por um minuto não pulei a leitura e fui direto ao genoma Osbourne, mas me segurei. E pense em algo que vale a pena esperar, este “algo” é o resumo da resposta do genoma do nosso vovô heavy metal. Bom, não são todos os dias que você descobre que seu ídolo tem uma “pequena parte Neandertal no seu DNA”, se chega a essa conclusão “graças ao cruzamento entre humanos e Neandertais muitos séculos atrás”, pelo menos foram essas palavras usadas por Dr. Nathan, um dos mais renomados cientistas de Harvard para descrever alguns genes da família.
Com certeza você nunca foi a um médico que ao cair de quadriciclo quebrou o pescoço e depois de alguns dias de coma voltou mais vivo que antes, ou um doutor que foi viciado em pelo menos 40 remédios controlados, além do “clássico” álcool, maconha, cocaína, heroína, etc, etc, etc e hoje toma o chá da tarde. Então, provavelmente esse livro será sua melhor consulta. Você não encontrará respostas seguras, mas com certeza terá motivos para rir por muito tempo. Depois volte e me conte em qual das dúvidas dos leitores do Dr. Ozzy se encaixam no seu perfil.


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