Cinema Crítica

O Grande Hotel Budapeste

00:00Universo dos Leitores

(Filme foi inspirado na obra do austríaco e judeu Stefan Zweig)

Do figurino, passando pela fotografia, a trilha sonora, as atuações e chegando ao roteiro, digo, sem medo algum, que “O Grande Hotel Budapeste” foi um dos filmes mais incríveis que assisti esse ano. 

Dirigido e escrito por Wes Anderson, mesmo diretor de Moonrise Kingdon, roteiro é simplesmente delicioso, inteligente e divertido. 

A história, que se passa na Europa, no ano de 1932, no país fictício denominado República da Zubrowka, conta a vida de Zero Moustafa, um jovem com um passado misterioso que foi selecionado para a função de Mensageiro no “Grande Hotel Budapeste”, um dos mais luxuosos hotéis da época, que estava sob a direção do rígido e charmoso M. Gustave H.
Gustave se dedicava integralmente ao local e aos seus hóspedes, destinando uma atenção especial, à Madame D, uma freqüentadora assídua do local. Certo dia, ao receber a notícia do falecimento da sua hóspede preferida, ele resolve fazer uma homenagem a ela e viaja para o seu funeral. Contudo, chegando lá, se vê em meio a uma briga acirrada pelos bens da falecida e, ao ser presenteado com um quadro de alto valor, é considerado suspeito da morte e acaba sendo preso injustamente.

A partir desse momento, a história ganha um novo tom e Gustave, ajudado por Zero e Ágatha, inicia um plano de fuga.
Com um humor ácido e um toque dramático, o longa prende a atenção e encanta pelo cenário incrível, as atuações impecáveis e a trilha sonora maravilhosa. O filme foi construído com tantos detalhes e tanto cuidado, que todas as cenas são relevantes, todas as cores se encaixam com os momentos vivenciados pelos personagens e todos os cenários marcam pela beleza e grandeza. 

É interessante observar que o objetivo da história não é apenas entreter. Ao longo do filme percebemos uma crítica áspera à sociedade e um conflito constante entre o passado e o presente, ressaltando a nossa capacidade de poetizar o passado e torná-lo mais intenso e fantasioso do que ele realmente foi (ou pode ter sido). 
Grandioso, estiloso, corajoso e simplesmente INESQUECÍVEL. Uma obra de arte do cinema, que merece ser assistida milhares e milhares de vezes... 


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