Após o fim da Guerra Civil Americana, os descendentes de escravos sofriam com a segregação racial intensa nos EUA: foram anos e anos de lugares cedidos, olhares submissos apontados para o chão, calçadas desocupadas para os brancos transitarem e uma vida cheia de restrições impostas pela cor da pele.

E é nesse cenário que surge Marther Luther King, desperto pelo espírito de luta pela igualdade. Líder religioso nato e munido com um poder de oratória incrível, King utiliza a Igreja para proclamar seus ideais e convocar os negros como aliados nessa luta. 

O militante só precisava de um estopim para disseminar aos quatro cantos suas ideias e o episódio envolvendo Rosa Parks, uma negra que se recusou a ceder seu lugar à uma branca no transporte público inflamou a luta de King em uma jornada surpreendentemente pacifista. 

O pacifismo de Luther King e seu discurso pela não violência inspirado em Mahatma Gandhi não agradava a todos, e suas ações muitas vezes foram questionadas até mesmo pela comunidade negra. Mas ainda que haja discordância no que diz respeito à sua metologia, é incontestável a relevância de Martin Luther King pelo fim da segregação racial: Luther King conseguiu reformular a lei dos direitos civis e conquistou o direito a voto, e graças a seus feitos foi consagrado com o Nobel da paz.

Sua batalha é contada na graphic novel que o segue até o fim de sua vida, narrada de forma ritmada, misturando poesia afro-americana, arte bengalesa e pela impecável diagramação italiana. Também somos presenteados com a reprodução de trechos de seus belíssimos discursos. 

Indico Vejo a Terra Prometida, que conta através da arte, história e poesia a vida de um dos maiores mártires na luta pela igualdade .