Black Sabbath a biografia Crítica

Black Sabbath, a biografia, de Martin Popoff

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Eu acredito que todos temos aquelas músicas, bandas, duplas, vozes que “perseguem” nosso caminho e por mais que você [talvez] tente fugir e buscar novas inspirações, sempre se vê com a emoção à flor da pele, completamente arrepiada por uma nota de guitarra, um solo de bateria ou um agudo daquele vocalista cabeludo, daquela banda rock n’ roll que exala liberdade na alma, no espírito. 


É mais ou menos assim minha história com o Sabbath. Por mais que eu tente não ser uma fã louca, eles nunca saíram da minha vida. “Paranoid” é um mantra e o Ozzy é meu rei. Do meu cachorro [um lindo Shitzu chamado de Ozzy Osbourne], à loucura de morcegos e pombos, até um reality show de maior audiência de um famoso canal adolescente.

Quando ganhei de presente de aniversário essa biografia, meu coração palpitou, minhas mãos suaram e meu olfato só focava o cheirinho de livro novo, louca para absorver cada letra descrita como se não houvesse amanhã.
É absolutamente complicado descrever a sensação que tive ao ler e conhecer essa versão da história dos reis do metal. Não é apenas a visão do frontman Ozzy ou do guitarrista brilhante Tony Iommi. É a história, os amores, desamores, brigas, egos, guerras internas, raivas e brigas de adolescentes. Alguns eram futuros homens, viciados em drogas e com gana de sair da Inglaterra rumo a conquistar o mundo. Ainda que tenha que ser em uma minivan acabando a noite urinando no muro do Álamo, um dos mais importantes monumentos históricos dos Estados Unidos.

Uma biografia só se torna sensacional quando apresenta todas as fragilidades dos ídolos relatados. A “perfeição” do som que idolatramos têm muitas irregularidades por trás e Martin Popoff resolveu deixar isso bem claro. Ela poderia ter sido ainda mais “sincera” e realista? Poderia, sempre pode. Nós nunca temos como saber quais são os lados reais, se é que existem esses lados, e qual a história verdadeira. Veja bem, depois de um uso abusivo de ácido, e outras drogas, por tantos anos acredito que o senso de hora e local não é seguro de se afirmar. Mas nos limites das possibilidades, Martin é impecável. É envolvente. É instigante.
A fragilidade emocional que se instaurou na banda foi relatada entrelaçando com o momento musical de todos os envolvidos. Por exemplo, as inseguranças que a imprensa deixava em Ozzy, foi discutida por Iommi, vislumbrada por Geezer e exposta [ironicamente, por tantas vezes] pelo próprio Ozzy. 

E para finalizar com chave de ouro, nada como imagens exclusivas dos pôsteres das turnês históricas, para você se teletransportar para um universo paralelo que tem mais de você do que pode imaginar.

Um enredo que fluiu naturalmente. Uma história que se iniciou em 1968 no interior do Reino Unido, Birmingham, e ganhou o mundo. Ganhou o coração, a alma, a essência de jovens que só queriam serem ouvidos. Talvez para isso alguns acordes barulhentos, cabelos esvoaçantes e solos de guitarra no último estalo fosse necessário. Bom, eu digo que valeu a pena. Digo que vale a pena encarar essas 404 páginas e história, lições de vida e cultura.
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