Cinema Crítica

Selma: uma luta pela igualdade

10:43Universo dos Leitores


Martin Luther King sempre teve um sonho: ver os negros serem tratados de forma justa, respeitosa e igualitária. E foi por esse sonho que ele lutou a vida inteira. De forma pacifica e com a cabeça erguida mesmo diante das derrotas, ele enfrentou uma sociedade cruel, um governo que utilizava da violência para coibir manifestações sociais e nunca, nunca desistiu. 

É exatamente sobre a luta desse homem que trata esse filme. A história se passa entre os anos de 1964 e 1965, e mostra a trajetória de Martin na tentativa de conseguir que os negros participassem do processo eleitoral americano. Apoiado pela população e reconhecido mundialmente por ter sido homenageado com o Prêmio Nobel da Paz, ele coordenou manifestações, participou de programas de televisou, enfrentou o Presidente dos Estados Unidos e lutou até conseguir o que queria. Votar, para ele, não era simplesmente o exercício de um direito de cidadania, mas sim o reconhecimento nacional de que os negros eram seres humanos, mereciam respeito e deveriam ser tratados com o respeito merecido.
Dramático, triste e intenso, o filme não economiza em cenas chocantes e marcantes, com a intenção de demonstrar a crueldade dos atos de racismo e de exclusão social. Ao mesmo tempo em que mostra um homem firme e ativista, mostra o lado sensível e humano de Martin, sempre preocupado com a família e com o bem estar de todos que lutavam ao seu lado. 

Os diálogos são inteligentes e críticos. As cenas, ao mesmo tempo em que acontecem em ritmo lento, conseguem manter a tensão e nos deixar envolvidos. Mas o grande destaque do filme está no elenco. Tanto os atores principais como os coadjuvantes merecem aplausos de pé: expressões de dor, de tristeza, de felicidade e de alívio, todas muito verdadeiras. 
Sem dúvida um longa que merece ser assistido com atenção, tanto pelo cunho histórico como pela visão respeitosa e bonita que ele passa de Matin Luther King. Além disso, a história levanta reflexões sobre ao nosso passado e também sobre os dias atuais, porque infelizmente, preconceito ainda faz parte do nosso cotidiano, mas parece que fazemos questão de fingir que não estamos vendo.

O filme foi indicado ao Oscar 2015 na categoria melhor filme.


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