Clarissa Corrêa Crítica

Tudo que se perde, tudo que se ganha, de Clarissa Corrêa

00:00Universo dos Leitores

Já pensou na possibilidade de acordar um dia e se descobrir 40 quilos mais gorda?Provavelmente, você nem consegue imaginar, não é mesmo? Pois foi exatamente isso que aconteceu com a escritora Clarissa Corrêa. Um dia ela acordou, olhou para o espelho e percebeu que não adiantava mais fugir: ela estava infeliz, nenhuma roupa servia, o seu complexo fazia com que ela se afastasse dos amigos, a balança era uma verdadeira inimiga, e por causa do seu corpo a sua vida inteira estava um verdadeiro caos... 

Naquele momento, diante de toda a dor e desespero, ela tinha duas opções: se entregar ou lutar. Mas foi com muita coragem, força de vontade e apoio de uma amiga especial que ela optou pelo segundo caminho. Daquele dia em diante, mudou os hábitos, fez da balança uma amiga e passou a viver com um objetivo em mente: ficar bem com o próprio corpo e com o espelho. Nada de neura, de paranoia, de remédio ou de dieta milagrosa de capa de revista. Clarissa decidiu reaprender a viver.

Como toda mudança, o caminho nem sempre foi fácil. Várias dificuldades foram enfrentadas, várias recaídas, vários momentos de desespero e vários dias em que a comida vinha como recompensa ou com aquela ideia de "só um pedacinho". 
Com uma linguagem leve e um tom despretensioso, Clarissa nos coloca diante de crônicas interessantes, reflexivas e divertidas. Assim como nos livros "Um Pouco Além do Resto" e "Para Todos os Amores Errados" (já falei sobre eles aqui), nesse exemplar o que mais encanta é a sinceridade. A escritora fala com a alma, conversa com o leitor, expõe os seus medos, as suas fraquezas e os seus sentimentos mais intensos e controversos.

Os textos curtos e diretos, mas repletos de questionamentos sobre os caminhos que decidimos seguir na nossa vida e sobre a importância de cultivar o amor-próprio. A escrita da Clarissa é envolvente e as situações que ela descreve são tão comuns a todos nós, que parece que ela entra na nossa mente e lista todas as nossas angústias e todos os nossos medos, afinal, toda mulher, gorda ou magra, alta ou baixa, já se sentiu feia algum dia, já quis mudar uma parte do corpo ou, quem sabe, ser uma pessoa completamente diferente.

Um livro encantador, delicioso de ler, que arranca risadas e que deixa uma lição: faça o que for preciso para se sentir bem e para ser feliz. Seja como for.
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