Olá, pessoal! Faz um tempinho que não escrevo para o Universo dos Leitores por uma série de questões pessoais, incluindo o nascimento do meu primeiro sobrinho, Vinicius – sem acento, como o poeta.
Hoje retomo minha colaboração com o site. E escolhi falar sobre solidão. Mas, por quê?
Bem, acabo de ler uma matéria (curta, infelizmente) sobre um chinês que há uma década vive absolutamente sozinho em um vilarejo em seu país. Por escolha. Por escolha!
"Liu (este é o nome do sujeito) é o único habitante do vilarejo de Xuenshanshe, no noroeste da província de Gansu", diz o texto. Segundo ele, havia pelo menos 20 famílias vivendo no local, mas começaram a se mudar quando os recursos naturais foram ficando escassos e a população idosa começou a morrer.
Ele, literalmente, "sobrou". Perdeu a mulher e um irmão e, desde 2006, leva uma vida de eremita. Conta que aprendeu a se virar e a apreciar a solidão.
Apreciar a solidão...
Quem nunca desejou, nem que por alguns minutinhos apenas, levar uma vida como a de Liu? No meu caso, esse desejo dura bem mais que minutos e é recorrente. Volta e meia me pego pensando em como seria bom poder distanciar-me; ter uma casinha singela e levar uma vida simples. Sem aporrinhação.
Como para a "grande maioria" (inclusive para mim) isso é inviável, resta valorizar os breves momentos em que podemos ficar sozinhos. Mas, antes disso, como disse Liu, é preciso aprender a apreciar a solidão.
Há quem não consiga. Quem seja incapaz de lidar consigo mesmo. Para estes, é preciso ter milhões de amigos, estar em todas as redes sociais, participar de mil grupos no WhatsApp etc. Dizer algo, estar presente, ter sempre um(a) namorado(a).
Para aprender a apreciar a solidão, penso, é preciso conhecer-se. E entender que não há melhor companhia que a sua própria. Que você pode – e deve – ser seu melhor amigo. Mais: para aprender a apreciar a solidão faz-se necessário perceber os benefícios do silêncio. Interno e externo.
Diz a matéria que o tal chinês, na solidão, aprendeu a se virar para viver. Ou seja, quando estamos sozinhos, nos tornamos mais fortes – ao contrário do que possa parecer. É na solidão que temos a oportunidade de conhecer nossas limitações e, sobretudo, nossa força.
Fortes, nos tornamos resilientes.
PS: Quem se interessar em conhecer a história de Liu, clique aqui.
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