Escritora Angélica Pina

Como eu decidi escrever um livro!

00:00Universo dos Leitores

Olá, leitores! 

Quem acompanha o Universo provavelmente já leu alguma resenha minha, afinal, já faz um ano que colaboro aqui falando sobre os livros que leio.

Muito honrada, hoje venho contar que fui convidada pelas criadoras do Universo dos Leitores para ter uma coluna no site para falar um pouco mais sobre mim e sobre o que faço, o que gosto, o que curto, o que acompanho e por aí vai...
Para iniciar esse papo, conto uma novidade super especial: meu primeiro livro será publicado em breve! Sim, agora também sou escritora!!! Talvez alguém pergunte: Como assim? De um dia pro outro você virou escritora? Já respondo: não, não foi. Meu primeiro texto aqui da coluna será justamente sobre isso: como eu decidi escrever um livro. Vamos lá! 

Desde criança eu já gostava de ler e escrever. Por ter facilidade com a língua portuguesa, sempre soube que gostaria de trabalhar com algo onde pudesse aproveitar essa aptidão, mas não foi tão simples escolher o que fazer no vestibular quando, aos 17 anos, concluí o Ensino Médio. 

Letras? Não, não tenho dom para ser professora (sim, naquela época eu achava que era a única opção de trabalho).

Jornalismo? Hum... não tenho muita certeza.

Então optei por tentar Artes Cênicas! Oi? De onde saiu essa opção? É que nessa mesma época eu fazia um curso de teatro e estava apaixonada pela área. Acontece que não fui aprovada.

No outro ano, pesquisei sobre todos os cursos disponíveis e enfim decidi: vou fazer Ciências Sociais. Fiz o vestibular, passei e comecei o curso. Depois de um ano, ainda me sentia deslocada, não tinha certeza de com que eu iria trabalhar após me formar... decidi trancar e tentar outro vestibular. (Quando conto assim que percebo o quanto eu fui indecisa e precisava de ajuda. Hahahahaha...) Dessa vez eu tinha certeza, fui para Comunicação Social – Publicidade e propaganda. E, finalmente, ameeeei o curso! No meio do ano de 2009 foi minha formatura. 

Mas, como nem tudo são flores, conseguir emprego na área em minha cidade (Belo Horizonte) tornou-se uma super dificuldade. Infelizmente, as empresas queriam contratar profissionais experientes (como eu teria experiência?) e para pagar bem pouco. Resolvi abrir um negócio próprio. Quando as coisas começaram a ficar “monótonas”, embarquei em uma nova aventura: ser mãe! Trabalhei em minha loja a gravidez toda, mas depois que meu baby nasceu, não queria mais nada da vida que não fosse ficar juntinho dele.

Poucos meses após o nascimento do meu pequeno príncipe, meu pai sofreu uma queda e fraturou a coluna. Passei então a cuidar dos dois. Porém, mesmo não sendo fácil cuidar de uma criança e um idoso, comecei a sentir falta de trabalhar. Sentia-me inútil, “presa” dentro de casa, sem fazer nada de produtivo, profissionalmente falando.

Para fugir um pouco da realidade, passava horas lendo. Busquei refúgio nos livros, mal terminava um, começava o próximo. Foi aí que me tornei colunista aqui do Universo dos Leitores escrevendo resenhas.

Com o tempo, muita gente que lia o que eu escrevia começou a me encorajar: você devia escrever um livro. E essas palavras iam de encontro a um desejo antiiiiigo que eu já tinha guardadinho dentro de mim. Já havia pensado nisso várias vezes, mas meu argumento era: não tem nenhum tema que ainda não foi abordado, já tem livros demais no mundo, não conseguirei pensar em nada original/diferente.

Mas um dia decidi arriscar-me. Abri o Word e escrevi uns dois capítulos, que foram abandonados e ficaram um bom tempo sem que eu sequer relesse. Quando voltei a ler o que havia escrito, fiz várias alterações e me empolguei. Passei a escrever um pouco mais a cada dia... sonhava com a história (literalmente!), tinha várias ideias enquanto dirigia ou tomava banho. E o mais engraçado é que eu não tinha uma ideia pronta sobre nada, tudo ia fluindo à medida que a história ia se desenvolvendo, eu sequer sabia onde queria chegar com tudo aquilo. 

Quando terminei, comecei a dar para algumas pessoas da família e amigas para que lessem e dessem suas opiniões. E muita gente começou a me dizer que tinha ficado legal! Minha mãe chegou a falar: “agora sim você encontrou uma profissão!” (Demorei um pouquinho, hein?! Hahahaha...)

De empolgada, passei a determinada: comecei a procurar uma editora para tentar publicar meu livro. Pesquisei horrores na internet sobre como era o processo e percebi que ou morreria de ansiedade ou ia ter que procurar outra coisa para fazer enquanto esperava, pois a principal informação é de que a maioria das editoras demoram meses para darem um retorno (isso se aprovarem o original, porque se não, nem falam nada). Mas, como nessa empreitada todas as coisas estavam conspirando a favor, com 15 dias (isso mesmo: quinze dias!) recebi o retorno de que tinha sido aprovada para publicação.

Pensem numa pessoa feliz? Eu! Fiquei eufórica, radiante, vomitando arco-íris... e saí contando para todas as amigas que tinham me apoiado no início, que também ficaram mega felizes por mim. No dia seguinte já estava recebendo o contrato para assinar e agora estou esperando (mais uma vez extremamente ansiosa!) para a concretização desse sonho e para o lançamento do meu primeiro livro!

Só para concluir: fica a reflexão de como TUDO tem um propósito. Foi preciso que eu ficasse um tempo sem poder sair de casa, me aquietar e deixar aflorar algo que estava dentro de mim. Quando parece que nada está acontecendo, pode ser que em breve grandes coisas acontecerão! 

Beijos, leitores! Até breve!

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