Lota vivia com a americana Mary quando conheceu Bishop, no entanto, o relacionamento com Mary não lhe impediu de se envolver com a poeta, uma mulher completamente diferente, mas que lhe encantou de forma peculiar e intensa. 

Possessiva e dominadora, ao iniciar o relacionamento com Bishop, Lota conseguiu manter Mary sempre por perto, o que faz com que as três convivam juntas durante a maior parte do tempo. 

Aos poucos, Elizabeth começou a conhecer o Brasil e a se apaixonar pela vida que levava aqui, porém, a extrema dedicação de Lota ao trabalho, o que se tornou ainda mais intenso quando começou a trabalhar para a construção do aterro do Flamengo, começou a desgastar o relacionamento, conduzindo Bishop ao alcoolismo e provocando inúmeras brigas entre elas.

Após o enorme desgaste da relação, Bishop retornou a Nova Iorque e nesse momento o longa se tornou ainda mais forte e intenso, com uma inversão entre os sentimentos das personagens. Bishop se fortaleceu e Lota, por sua vez, iniciou um quadro depressivo e enfrentou diversos problemas emocionais.

A partir desse momento, a vida das duas, sempre marcada pelas intromissões de Mary, entrou em um processo de encontros e desencontros, o que acabou levando Lota ao desesperado ato de retirar a própria vida. 

Ao mesmo tempo em que abordou uma história de amor, o filme tratou de temas como o preconceito, a dependência química, o descontrole emocional e a possessividade, além de ter mostrado de forma interessante alguns aspectos culturais e políticos do Brasil. 

Quanto ao homossexualismo, o tema foi abordado com respeito e com naturalidade, o que se deu tanto pela construção do roteiro como pelas atuações, que estavam em perfeita sintonia. 

Com um roteiro bem elaborado, uma fotografia impecável, um figurino lindo e atrizes brilhantes, o longa se revelou uma excelente surpresa para o cinema nacional. Vale a pena conferir!