A Menina Sem Palava, de Mia Couto

Mia Couto consegue me emocionar com a sua escrita poética, repleta de intensidade e de sentimentos. Ele aborda o sofrimento com uma delicadeza ímpar! Entre os diversos livros dele que li, A Menina Sem Palavra sem dúvida está entre os mais sensíveis. Aqui, ele aborda a infância pura e ao mesmo tempo cruel das crianças de Moçambique, deixando claro que não importa o quanto elas sofram, dentro delas sempre existe amor e esperança. 

A Menina Submersa, de Caitlín Kierman

Confuso, polêmico e intenso. A Menina Submersa me levou para dentro da cabeça de Imp, me fez pensar nas suas contradições e na sua busca incansável pelo auto-conhecimento. A história dessa garota esquizofrênica, que cresceu praticamente sozinha e que nunca desistiu de lutar pelo equilíbrio e a sensatez, sem dúvida merece várias e várias leitura atentas. Um livro diferente, único, especial e inesquecível. 

A Vida do Livreiro A. J. Fikry, de Gabrielle Zevin

Esse livro foi uma grande surpresa esse ano. A história, que começou de forma simples, aos poucos me proporcionou infinitas emoções e sensações. Sem dúvida um livro para todos que amam livros. Um livro que se passa em uma livraria, que conta a trajetória de um livreiro, que fala de sentimentos, de amadurecimento e de amor. 

Carta ao Pai, de Franz Kafka 

Esse livro não precisa de muita explicação. Um relato de um filho para um pai. Um texto repleto de sentimento, de angústia, de busca por respostas. 

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez

Esse foi sem dúvida o melhor livro que li em 2014 e também um dos melhores livros que li em toda a minha vida. 

Ainda não fiz resenha no site porque sinceramente não encontrei palavras suficientes (ou certas) para descrever todas as emoções e todos os sentimentos que tive enquanto li a trajetória da família Buendía, uma trajetória marcada por sofrimento, solidão, angústia, idas e vindas, mas sempre muita esperança. Uma trajetória de uma família enorme, nem sempre unida, mas sempre forte. Um livro impecável, acima de comparações e que merece todo o reconhecimento que tem.

O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman

Tenho certeza que esse não é o melhor livro de Gaiman, mas foi por meio dele que conheci esse escritor incrível. A história fantástica, misteriosa e extraordinária, que aborda as memórias de um adulto sobre a sua infância, traz várias lições sobre amizade e lealde, levanta infinitos questionamentos: a influência da infância na nossa vida adulta; a capacidade da nossa mente para reconstruir fatos e lembranças; a dificuldade que os adultos tem de compreender as necessidades dos menores etc. 

O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago

Saramago tem diversos livros incríveis e é conhecido pela sua narrativa diferente e crítica. Infelizmente eu não tive tempo para ler muitos livros dele esse ano, mas esse pequeno conto sem dúvida me marcou. Li a história mais de uma vez e nunca terminei com a mesma ideia ou a mesma sensação. Esse é um conto sobre auto-conhecimento e sobre os caminhos que precisamos percorrer para descobrirmos o nosso verdadeiro eu, se é que ele existe. 

Serial Killers - Anatomia do Mal, de Harold Schechter

Esse livro da Darkside Books sem dúvida me marcou. Estudei direito penal na faculdade e diversas vezes me vi em conflito comigo mesma e com tudo o que eu acreditava. Até que ponto eu poderia julgar um criminoso ou até que ponto ele cometia um crime por pura frieza? Eu queria uma resposta, uma explicação plausível para tanta maldade. Na verdade, eu sempre quis compreender a mente daqueles comentem crimes tão cruéis e grotescos, sem qualquer razão aparente. E encontrei um pouco dessas explicações nesse livro. 

Que venha 2015 com novos livros, novas histórias e infinitas emoções...