A rainha vermelha Cia das Letras

A rainha vermelha, de Victoria Aveyard

00:00Angélica Pina

Mare Barrow é uma adolescente de 17 anos, amargando a contagem regressiva para atingir a maioridade e ser recrutada para a guerra. 

Três dos seus irmãos já foram enviados para os campos de batalha, restando apenas ela e sua irmã mais nova, Gisa. A diferença é que a caçula trabalha com costura e bordados, sendo responsável por boa parte do sustento da família, já que o pai está em uma cadeira de rodas desde que voltou da guerra. A contribuição de Mare para a renda familiar é fruto dos roubos que faz pelo vilarejo.

A pobreza não é novidade para as pessoas que são como ela: os que têm sangue vermelho. A sociedade é dominada pela elite de sangue prateado, pessoas que têm poderes sobrenaturais de diferentes tipos, como controlar o fogo, a água e até mesmo a mente de outros.
Um dia Mare é surpreendida com uma oferta de emprego no palácio, servindo a família do rei. Ela não tem outra opção a não ser aceitar e é quando está lá dentro, presenciando uma prova entre garotas para que a futura princesa seja escolhida, que Mare descobre que, embora seja uma vermelha, também possui um poder sobrenatural. E isso é revelado diante de todos os prateados presentes no palácio.

Depois disso, a vida da jovem garota vira de cabeça para baixo, assim como a ordem de muita coisa no reino dos prateados.

“Para reforçar seu ponto, a pulseira de metal escovado em seu pulso muda, transformando-se num círculo de espinhos afiados. Cada uma das pontas brilha como que implorando para derramar sangue. Engulo em seco, tentando não me mover, mas ela logo me solta. Sua mão repousa sobre o colo, e Evangeline volta a ser a imagem recatada de uma moça prateada. Se existe no mundo uma pessoa que pede para levar uma cotovelada é Evangeline Samos.”
A rainha vermelha é o primeiro volume de uma trilogia distópica. A autora utiliza elementos já vistos em várias séries, como Divergente, Jogos vorazes, A seleção e Fúria vermelha. Apesar disso, utiliza seu próprio estilo e elementos novos que tornam a leitura muito prazerosa.

“Walsh me surpreende com um abraço.
- Não sei como – ela sussurra –, mas tomara que um dia você seja rainha. Imagine o que poderia fazer. A rainha vermelha.
A ideia impossível me arranca um sorriso.
- Vá antes que sua bobeira passe para mim.”

A divisão do mundo em classes tão distintas, a disputa pelo poder, as revoluções e traições seguem um ótimo ritmo e o leitor é surpreendido algumas vezes por não esperar algumas atitudes dos personagens. 

Nesse primeiro livro não ficou muito claro sobre como o romance vai acontecer na vida de Mare, pois ela ora se vê interessada por um dos príncipes, ora por outro e ainda há um terceiro possível pretendente em seu amigo de infância. O jeito vai ser esperar para conferir nos próximos volumes qual caminho o coração da protagonista vai escolher.

Todo mundo pode trair todo mundo.”
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