A Caderneta Vermelha Alfaguara

A Caderneta Vermelha, de Antoine Laurain

00:00Universo dos Leitores

Notas da caderneta de Laure, encontrada por Laurent:

“Gosto de passear ao longo da água na hora em que as pessoas saem da praia.
Gosto do nome do coquetel “americano”, mas prefiro o “mojito”.
Gosto do cheirinho de hortelã e de manjericão.
Gosto de dormir no trem.
Gosto dos quadros que representam paisagens sem personagens.
Gosto do cheiro de incenso nas igrejas.
Gosto de veludo e de pelúcia.
Gosto de almoçar em um jardim.
Gosto de Érik Satie. COMPRAR UM GRAVAÇÃO DA OBRA COMPLETA DE SATIE.”

Era uma manhã comum na vida do livreiro Laurent quando ele se deparou com uma bolsa abandonada em cima de uma lata de lixo no seu caminho rotineiro. E esse pequeno fato mudou tudo na sua vida a partir de então.

Uma bolsa contendo vários itens pessoais e uma caderneta com anotações curiosas feitas pela mulher, dona do objeto perdido e encontrado por Laurent, dão o tom à história escrita por Antoine Laurain. O cenário é a charmosa cidade de Paris e o ponto alto é a forma com que a busca de Laurent para encontrar a dona da bolsa muda toda a percepção de sua vida.

Trata-se de uma história sensível e delicada, repleta de referências à obras e escritores literários, já que tanto Laurent, quanto Laure, são leitores assíduos.

É gostoso imaginar a busca de Laurent pela doce Paris, mas uma Paris de encantos delicados, longe dos pontos turísticos, revelando o real dia-a-dia dos parisienses.

Mas o melhor mesmo em “A caderneta vermelha” é celebrar o amor. A pureza da descoberta de pequenos detalhes que nos prendem. É sonhar com um mundo em que duas pessoas se esforçam verdadeiramente para se encontrar, algo tão distante do que vemos hoje no nosso mundo real. 

                                                                                

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