Cinema Crítica

Philomena e o drama de uma mulher julgada pela Igreja

00:30Universo dos Leitores


Baseado em fatos reais, o longa conta o drama de Philomena, uma mulher irlandesa que foi vitima de uma sociedade opressora e de uma Igreja abusiva. Quando tinha apenas 18 anos ela engravidou de um homem que conheceu  em uma noite no parque e, com isso, foi obrigada a passar anos em um convento e ver seu filho ser adotado contra a sua vontade. Separada da criança e com a culpa pelo seu pecado, ela demorou 50 anos até ter coragem de contar o seu segredo. 

Quando soube da dor da mãe, a filha resolveu ajuda-la a encontrar o filho e, para isso, buscou a ajuda de Martin Sixmith, um jornalista desempregado. Desacreditado, ateu, cínico e sem paciência para dramas pessoais, inicialmente ele não queria ajudar, mas acabou convencido pelas duas e pela vontade de ter uma boa história para vender.

Ao lado de Philomena ele embarcou em uma longa viagem em busca do filho desaparecido. Os dias que passaram juntos renderam muito aprendizado, muitas emoções e descobertas que, por vezes, só trouxeram lágrimas. 

Exatamente no momento em que Philomena viajou com Martin que o longa ganhou força e se tornou encantador.  Isto porque, muito mais que narrar os fatos da vida de uma mulher que foi vítima de uma Igreja corrupta e opressora, o diretor se preocupou em demonstrar como as crenças e as formas de ver o mundo podem variar de uma pessoa para outra e como isso tem o condão de interferir nas nossas escolhas e atitudes diante da vida. 

Mesmo diante de todo o sofrimento que enfrentou, Philomena nunca perdeu a fé, o vigor, o humor e a capacidade de amar. Martin, por sua vez, era extremamente cético, ressentido e amargurado. Nessas diferenças entre eles que o roteiro conseguiu se tornar Interessante e profundo, sem deixar de lado as pitadas de humor, que foram essenciais para tornar o filme leve e agradável. 
Além do roteiro, que conseguiu fugir aos clichês esperados nos filmes baseados em fatos reais, merecem destaque as atuações, especialmente a de Judi Dench, que representou de forma incrível o papel de Philomena, transparecendo diversas emoções e encantando com o seu olhar bondoso e puro diante da vida. 
Um filme humano, capaz de encantar o público de todas as idades. Sem dúvida uma ótima opção para o final de semana!

Trailer:


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