Universo do Leitor

UNIVERSO DO LEITOR: Ken Follet na opinião da leitora Magaly Ramos

11:05Isabela Lapa



Comecei a ler Ken Follet influenciada por um outro autor: Frederick Forsythe. Os livros de Forsythe eram tão bons que eu não conseguia me contentar só com ele e aí veio parar nas minhas mãos “O voo da águia”, de Follet. Quem já viu ou ouviu falar do filme, por favor, esqueça e nem pense em comparar com o livro. Acho que os dois tem apenas o nome em comum e mais nada. 


“O voo da águia” é baseado em fatos reais e relata o resgate de dois americanos no Irã do regime do Xá Reza Pahlavi. O livro te prende da primeira a última página. É interessante lembrar que um dos filmes concorrentes ao Oscar desse ano de melhor filme conta uma história também passada no Irã e de resgate: Argo. 

Depois de ler “O voo da águia” parti para “O buraco da agulha” e não me decepcionei. O talento de Follet se confirmava pra mim, era um escritor para ficar atenta aos lançamentos. Ah, este foi o primeiro grande sucesso de Ken Follet e foi escrito antes de “O voo dá águia”. “O buraco da agulha” é ambientado na Segunda Guerra Mundial e é uma trama de espionagem para ninguém botar defeito. Mesmo para os tempos atuais, ainda é capaz de prender a atenção pelos métodos utilizados. 


Em seguida veio “A chave de Rebeca” também ambientado na Segunda Guerra. Com um final surpreendente, o livro confirma a veia do autor para histórias de espionagem, assim como Frederick Forsythe. 


Já estava apaixonada e em 1982 o autor lançou “O homem de São Petersburgo”. Nem pisquei, corri para comprar e devorar o livro. Se era bom ou não segundo a crítica, não me interessava. O nome do autor já servia de atestado para mim. Aqui a história se passa na Primeira Guerra Mundial e o suspense vai às alturas. Mais uma vez não me decepcionei. 


Depois desse livro dei um tempo e acabei por esquecer de acompanhar Ken Follet até “Os pilares da terra”, sua obra prima até então e na minha opinião. O autor que já havia mostrado sua capacidade de pesquisa e detalhamento, simplesmente arrasa escrevendo um épico. Na Inglaterra do século XII a gente acompanha a luta de um prior e de um construtor para erguerem uma catedral em estilo gótico. O livro tem tudo que um grande romance necessita e mostra o brilhantismo do autor para transitar entre a realidade e a ficção. Quando foi lançado era dividido em dois volumes, porém, hoje em dia já está disponível em um único volume. É uma viagem a Europa medieval recheada de emoções. 


Fiquei tão extasiada com “Os pilares da terra” que esqueci de novo de acompanhar o autor. Pra mim ele não tinha mais como se superar. 

Ledo engano confirmado pelos dois volumes lançados até hoje da espetacular trilogia “O século”. Desespero puro para os leitores que terão de esperar até 2014 pelo último livro. E me encontro no meio dessa turma. 

Li o primeiro volume “Queda de gigantes” com uma avidez de fazer inveja e ao mesmo tempo naquela agonia porque ia acabar e eu teria de esperar dois anos pelo próximo volume. O autor vai ao país de Gales e começa a contar a história dos mineiros e dali ele apresenta aos leitores personagens maravilhosos e envolventes da classe operária e da burguesia. Também mostra os bastidores da Primeira Guerra Mundial e como situações inusitadas levaram a ela. Além disso, somos levados a ver os bastidores da Revolução Russa e acompanhar a subida de Lenin ao poder. O final te deixa na expectativa pelo próximo volume e imaginando o que vem pela frente. 


Aí, em 2012, eis o segundo volume: “O inverno do mundo” e uma nova geração de personagens vem te arrebatar e o melhor com os antigos participando ativamente da história. O pano de fundo agora é a Segunda Grande Guerra e é muito interessante ver a história por parte dos alemães que não aceitaram o nazismo, como os americanos entraram na Guerra, o desenvolvimento da bomba atômica, ou seja, todos os fatos importantes que mudaram o mundo e marcaram a história. Terminar o livro foi uma agonia daquelas, afinal, só em 2014 chega o último. 

Sem a mínima dúvida, Ken Follet é um dos meus autores favoritos e espero ter demonstrado um pouco a razão dessa minha paixão.




Este texto foi enviado pela leitora e amiga do blog Magaly Ramos

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