Lauren Cunningham tem 28 anos e
acaba de se mudar da pequena cidade americana de Portland para a Old Street, em
Londres. Tudo que ela deseja é curtir sua solteirice dormindo com muitos
britânicos interessantes e atraentes, sem se apegar. Nada de relacionamentos
sérios!
Ao chegar à sua nova cidade, Lauren passa a trabalhar
como coordenadora de eventos no Museu de Ciência e a dividir apartamento com
Lucy. Elas rapidamente tornam-se amigas e “parceiras de crime”: estão sempre
saindo para beber, fumar e conquistar rapazes.
Até que Lauren conhece Adrian,
com quem passa a ter um relacionamento bem como queria: sexo incrível, sem
compromisso. Um belo dia, após uma dessas noites com Adrian, Lauren decide
fazer ovos no café da manhã para agradar o moço e ele praticamente entra em
pânico, achando que aquilo era uma insinuação de que ela queria fisgá-lo para
um relacionamento sério.
“Eu podia ver as rodinhas girando dentro da cabeça dele. Ovos levam a
tardes de domingo em lojas de antiguidade, jantares com outros casais,
encontros com pais, proposta de casamento, festa nupcial elaborada, três filhos
berrando, uma esposa de pernas gordas e, no fim, a doce libertação da morte. Na
mente dele, ovos levam a algo mais. Um algo mais assustador.”
Completamente frustrada com a
reação do rapaz, Lauren tem uma brilhante ideia: fazer um experimento
científico com sua vida amorosa com o intuito de conhecer melhor o que funciona
e o que não funciona com os homens. Ela se propõe a seguir livros e manuais de
relacionamentos, um por mês, durante um ano e registrar os resultados em um
diário.
Desde livros que defendem a
abstinência a manuais escritos em 1920 que incentivam a flertar com todo ser do
sexo masculino, Lauren segue, à risca, mês a mês, cada um deles.
“Assim, depois de um mês de flerte sem-vergonha, acho que a autora do livro
teria ficado bem orgulhosa de mim. Eu tinha me tornado uma coquete das boas
(graças às minhas inclinações naturais, é claro). Mas a coisa é a seguinte: ter
um harém que se preze não estava me dando o brilho de satisfação que pensei que
eu teria. Em vez disso, estava ficando mais e mais de saco cheio. Era o
equivalente a comer algodão-doce: no começo é delicioso, mas logo você começa a
se sentir mole e enjoada.”
Ela conhece alguns homens interessantes,
bem como outros completamente esquisitos. Lauren consegue seus “objetos de
teste” de diferentes formas: através de amigos em comum, em sites para
solteiros na internet, através de cartões que distribui a todos os conhecidos
pedindo que indiquem alguém que gostaria de fazer sexo com ela, entre outras.
A cada mês e a cada novo manual,
a americana percebe que no fim das contas entender o sexo oposto e conseguir
encontros legais é uma missão que vai muito além de um amontoado de regras.
“O livro dá detalhes sobre o benefício – não, a necessidade! – de encorajar
a competição masculina e provocar ciúmes. Moralmente falando, não encaro com
bons olhos o fato de flertar com um homem enquanto se está saindo com outro,
mas há algo estranhamente excitante e tipo Discovery Channel em jogar um homem
contra o outro.”
O livro Amor ao pé da letra
surgiu da experiência que a autora Melissa Pimentel fez com sua própria vida:
seguir manuais, tal como sua personagem Lauren, e contar tudo em um blog. Ou
seja, as aventuras de Lauren são fictícias, mas inspiradas no que a própria
autora vivenciou.
A proposta do livro é mostrar de
maneira divertida situações reais, que muita gente já deve ter vivido durante
sua busca pelo amor. Eu, particularmente, não me identifiquei com o perfil da
personagem que só pensa em sexo (ou trepar, como ela diz) o tempo todo, com
qualquer homem que encontra. Achei a Lauren vulgar, de um jeito forçado, inclusive pelo fato de
resumir sua diversão em montes de cigarro e bebida alcoólica.
De qualquer forma, a leitura é
fácil e rápida e alguns dos personagens são realmente engraçados e divertidos.
“Nós achávamos que ele era meio bundão, mas
infelizmente, como acontece muitas vezes, era um bundão bom de cama, e também
era capaz de manejar muito bem aquela criptonita feminina todo-poderosa: o violão.
Quanto a mim, eu preferiria lamber a sola das minhas sandálias depois de uma
excursão pela Índia do que me sentar na beira da cama enquanto um homem me
cantava uma música, mas Lucy era outra história: ela adorava aquilo. Na
verdade, ela até cantava com ele. Eu me arrepio só de pensar.”
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