Olá, leitores!
A gente sempre ouve dizer que as
palavras têm poder, não é verdade? Quando juntas, seja em um livro enorme ou em
uma pequena frase, elas são capazes de nos inspirar e motivar, transmitir sentimentos
e emoções.
É normal algumas frases marcarem mais e ficarem guardadas pra sempre na
memória. Outras, gostamos muito quando lemos, mas depois não recordamos mais. A
verdade é que, dependendo do nosso humor e estado de espírito, certas palavras
podem surtir diferentes efeitos em nós.
Quando uma frase, trecho de livro
ou poema, citação ou qualquer texto que seja mexe com a gente, dá vontade de
gravar e guardar no coração, não é? Algumas pessoas anotam em um caderno, outras
tatuam na pele e outras expõem em lugares que estão sempre ao alcance dos
olhos.
Pensando nisso, trouxe alguns exemplos de adesivos de parede com trechos
de livros e frases de escritores famosos para inspirar. Quem sabe não sirva de
ideia para você fazer igual com aquela frase que tanto ama...
E aí, o que acharam? Tem alguma frase que vocês colocariam em destaque assim em casa? Deixem aqui nos comentários.
Claude e Marie são franceses, católicos praticantes, repletos de valores tradicionais e de preconceitos. Pais de quatro mulheres, eles só veem esperança na filha mais nova, já que as três mais velhas fizeram péssimos casamentos: escolheram um árabe, um judeu e um chinês.
Os encontros de família são caóticos, já que todos carregam as suas tradições, culturas, hábitos culinários e religiosos como se fossem os melhores, os mais sábios, ou a raça superior.
Acontece que Marie entra em depressão e inicia uma importante missão: unir as filhas, se aproximar dos genros e descobrir uma forma de conviver pacificamente com todos eles. A missão caminha lentamente, mas de forma satisfatória, porém, quando ela pensa que as coisas estão melhorando, a filha mais nova anuncia que vai se casar com um ator negro, cujos pais detestam os brancos e, principalmente, os brancos franceses.
Desse momento em diante, o filme ganha novos (e incríveis) rumos. A família, que inicialmente não quer o rapaz negro, começa a perceber que apesar de qualquer diferença física ou cultural, o que conta mesmo é o que somos e o quanto estamos dispostos a fazer os outros felizes...
Todos os personagens evoluem, amadurecem e mudam os seus hábitos e pontos de vista, o que conduz a história para um final emocionante e simplesmente delicioso.
Com um roteiro crítico e inteligente, que arranca muitas risadas sem ser forçado ou piegas, o filme é leve e envolvente. Ao mesmo tempo em que são divertidos, os diálogos levantam reflexões sobre a origem dos nossos preconceitos e sobre a importância de aceitarmos as nossas diferenças.
Sem dúvida um filme delicioso, que merece ser visto com atenção. Mais uma grande surpresa do cinema francês, que está se superando e mostrando que boas comédias podem ser feitas, que estereótipos devem ser deixados de lado e que o humor não precisa ser caricato ou ofensivo para ter qualidade. Pelo contrário, quanto mais natural e simples, melhor.
Super indicado. Preparem as risadas!
Todos os personagens evoluem, amadurecem e mudam os seus hábitos e pontos de vista, o que conduz a história para um final emocionante e simplesmente delicioso.
Com um roteiro crítico e inteligente, que arranca muitas risadas sem ser forçado ou piegas, o filme é leve e envolvente. Ao mesmo tempo em que são divertidos, os diálogos levantam reflexões sobre a origem dos nossos preconceitos e sobre a importância de aceitarmos as nossas diferenças.
Sem dúvida um filme delicioso, que merece ser visto com atenção. Mais uma grande surpresa do cinema francês, que está se superando e mostrando que boas comédias podem ser feitas, que estereótipos devem ser deixados de lado e que o humor não precisa ser caricato ou ofensivo para ter qualidade. Pelo contrário, quanto mais natural e simples, melhor.
Super indicado. Preparem as risadas!
Inveja, agonia, melancolia e frustração.
Estes são alguns dos componentes que encontrei no angustiante Talco de Vidro, um thriller psicológico narrado pelo aclamado Marcelo Quintanilha. O quadrinista também é conhecido por seu trabalho em Tungstênio, sobre o qual já falamos aqui.
A história se passa em um bairro nobre de Niterói e conta a vida de Rosângela, uma dentista de classe média alta, profissionalmente bem sucedida, que tem todos os elementos tidos como "essenciais" para uma vida feliz de acordo com o conceito engessado de felicidade criado pela sociedade moderna. A dentista é jovem, compartilha um casamento estável com um marido atencioso, possui um bom carro, um apartamento bem localizado, uma profissão reconhecida e filhos que ama.
Esse modelo que é tão almejado por tantas pessoas como fonte inegável de realização pessoal é vivenciado e descrito com orgulho por Rosângela, que sente-se merecedora de tudo que conquistou, e por esta razão, apta para desfrutar de toda felicidade a que tem direito. Mas, como nem tudo que parece é de fato real, logo percebe-se que esta aparente vida perfeita esconde algo bem diferente da felicidade constante que Rosângela tenta aparentar. E o ponto de partida para todos os conflitos da história é um sorriso, um simples sorriso que vai comprometer todo o cenário de sonhos montado pela dentista.
Ao atender sua prima em seu consultório, Rosângela vê toda sua segurança em xeque ao deparar-se com o sorriso de sua prima, que chega bonita e radiante apesar de todos os problemas. A sua máscara de felicidade e de mulher perfeita logo é desarmada pelo sorriso despretensioso de sua prima que vive com uma simplicidade que a protagonista desconhece.
Ainda que as primas tenham convivido na infância, o estilo de vida sempre as separou e Rosângela se apoiou nestas diferenças de nível social para manter distância dos parentes da periferia. Sob a máscara de seus preconceitos sociais (velados diga-se de passagem), Rosângela sempre evitou manter contato com os problemas e com as dificuldades enfrentadas por parte de sua família.
Ainda que as primas tenham convivido na infância, o estilo de vida sempre as separou e Rosângela se apoiou nestas diferenças de nível social para manter distância dos parentes da periferia. Sob a máscara de seus preconceitos sociais (velados diga-se de passagem), Rosângela sempre evitou manter contato com os problemas e com as dificuldades enfrentadas por parte de sua família.
A prima de Rosângela sempre teve problemas em casa, seja com o pai alcoólatra, seja com a falta de oportunidades ou com a impossibilidade de estudar. Uma vida diferente para não dizer oposta à de Rosângela, com sua família estruturada, seu alto padrão de vida e sem grandes esforços para conquistar bens materiais que sua prima sequer cogitava ter.
Mas quando a prima sorria, nada, absolutamente nada disso importava. Não existia nível social, não existiam problemas, truques, nem marido, nem vida perfeita, nem diploma ou qualquer outra coisa que colocasse a prima em seu "devido lugar", segundo sua ótica. Aquele sorriso rebaixava Rosângela e tirava seu chão, escancarando sua vida tediosa, sua falta de perspectivas, sua rotina padronizada, sem paixão, sem vontade própria e sempre seguindo a cartilha do que é bom para as aparências. Logo, sua personagem de esposa e mulher perfeita (tão elogiada e desejada por todos) era aos poucos desconstruída diante de seus olhos com uma intensidade sufocante e opressora.
Mas quando a prima sorria, nada, absolutamente nada disso importava. Não existia nível social, não existiam problemas, truques, nem marido, nem vida perfeita, nem diploma ou qualquer outra coisa que colocasse a prima em seu "devido lugar", segundo sua ótica. Aquele sorriso rebaixava Rosângela e tirava seu chão, escancarando sua vida tediosa, sua falta de perspectivas, sua rotina padronizada, sem paixão, sem vontade própria e sempre seguindo a cartilha do que é bom para as aparências. Logo, sua personagem de esposa e mulher perfeita (tão elogiada e desejada por todos) era aos poucos desconstruída diante de seus olhos com uma intensidade sufocante e opressora.
A partir deste sorriso Rosângela inicia uma crise existencial e uma verdadeira obsessão pela prima, motivada pela inveja que a corroía e pela amargura provocada por aquele "maldito" sorriso permanente , mesmo diante da vida desgraçada que sua prima levava. Não importava o que acontecia, ela estava sempre ali: bonita, radiante, sorrindo onipresente enquanto Rosângela desmoronava por dentro.
Sua civilidade foi contestada por seus preconceitos sociais não revelados, muito bem disfarçados por uma cordialidade forjada e travestida de "boa educação". Sua honestidade foi confrontada cada vez que ela sorria diante dos elogios dos amigos à sua vida perfeita enquanto por dentro ela sonhava em fugir de todas as amarras sociais às quais se manteve atada ao longo de toda sua vida.
Mas até para isso falta-lhe a coragem de enfrentar a vida (a mesma que a prima tinha) e sobrava-lhe culpa, impedindo-a de admitir que nada a fazia feliz. Rosângela tornou-se uma alegoria de si mesma, um retrato do que todos esperavam que ela fosse.
Sua civilidade foi contestada por seus preconceitos sociais não revelados, muito bem disfarçados por uma cordialidade forjada e travestida de "boa educação". Sua honestidade foi confrontada cada vez que ela sorria diante dos elogios dos amigos à sua vida perfeita enquanto por dentro ela sonhava em fugir de todas as amarras sociais às quais se manteve atada ao longo de toda sua vida.
Mas até para isso falta-lhe a coragem de enfrentar a vida (a mesma que a prima tinha) e sobrava-lhe culpa, impedindo-a de admitir que nada a fazia feliz. Rosângela tornou-se uma alegoria de si mesma, um retrato do que todos esperavam que ela fosse.
Talco de Vidro apresenta um traço diferente de Tungstênio, deixando a tridimensionalidade de lado e dando espaço para desenhos chapados que captam bem as emoções, seja pelas expressões bem marcadas ou pelo roteiro rítmico caraterístico dos thrillers psicológicos. Os quadros conseguem prender a atenção tanto quanto o texto coloquial e hipnotizante de Quintanilha, capaz de nos levar da primeira à última página em poucos minutos.
A narração onisciente e às reflexões de Rosângela deram o tom da angústia vivenciada pela protagonista, que parte em uma viagem de auto-conhecimento acelerada. Os conflitos emocionais e a solidão de Rosângela me lembraram a angústia do professor universitário que protagoniza o "O homem duplicado" (romance de José Saramago adaptado recentemente para o cinema) . Também me lembrei de Cisne Negro, de Darren Aronofsky onde a personagem Nina concentra sua obsessão na figura da bailarina concorrente que em sua mente ameaçava seu sucesso e sua busca pela perfeição, o que de certa forma acontece em Talco de Vidro da parte de Rosângela em relação à sua prima. Indo um pouco mais longe me lembrei também do livro e filme Clube da Luta cujo protagonista também enfrenta uma libertadora crise existencial ao confrontar a banalidade da própria vida.
Talco de Vidro expõe de forma brilhante a fragilidade de nossas emoções e mostra a nossa vulnerabilidade frente à inúmeras amarras sociais. Rosângela é o retrato da falta de paixão e de coragem, só mais uma entre tantas mulheres e homens ligados à mediocridade de uma vida de aparências. Mais um trabalho brilhante de Marcelo Quintanilha que merece um bom lugar em qualquer estante.
O árabe do futuro - Uma juventude no Oriente Médio
Promoção
Promoções
Promoção: O Árabe do Futuro
00:05Isabela Lapa
Olá Leitores!
Nós já comentamos no blog sobre a HQ O Árabe do Futuro, sucesso da Editora Intrínseca, lembram? Pois é... Gostamos muito da história e decidimos realizar a promoção de um exemplar.
Para participar é bem simples... Então vamos lá:
1 - Curta a nossa página no facebook; e
2 - Clique em "Quero Participar", neste link aqui.
Só serão aceitos participantes com endereço no Brasil e os prêmios serão enviados em até 15 dias após o resultado. A responsabilidade pelo envio é do blog.
O resultado será divulgado no dia 15 de setembro e o sorteado terá 3 dias úteis para encaminhar os dados (nome completo e endereço) para o e-mail [email protected].
Nós já comentamos no blog sobre a HQ O Árabe do Futuro, sucesso da Editora Intrínseca, lembram? Pois é... Gostamos muito da história e decidimos realizar a promoção de um exemplar.
Para participar é bem simples... Então vamos lá:
1 - Curta a nossa página no facebook; e
2 - Clique em "Quero Participar", neste link aqui.
Só serão aceitos participantes com endereço no Brasil e os prêmios serão enviados em até 15 dias após o resultado. A responsabilidade pelo envio é do blog.
O resultado será divulgado no dia 15 de setembro e o sorteado terá 3 dias úteis para encaminhar os dados (nome completo e endereço) para o e-mail [email protected].
Boa sorte :)
Sydney é uma adolescente que sempre se considerou invisível,
sempre em segundo plano, vendo seu irmão Peyton, três anos mais velho, ser o
centro das atenções. Ela o idolatrava, até que no Ensino Médio ele começou
a se envolver em problemas cada vez mais sérios, tendo que prestar contas à
Justiça. O jovem foi pego com drogas, invadindo residências e, por fim, enquanto
dirigia embriagado, atropelou um garoto de quinze anos que ficou paraplégico.
A prisão de Peyton altera toda a estrutura da família.
Sydney sente-se culpada e parece ser a única que só pensa no garoto
atropelado, enquanto os pais enxergam Peyton como uma vítima na história toda. Ela
decide sair da ótima escola particular onde estudou a vida inteira e mudar para
uma escola pública, onde ninguém conhece sua família e tudo que tinham passado
recentemente.
“Os vizinhos ou nos encaravam ou faziam questão de não nos
olhar; as conversas na piscina ou ao pé do mural de avisos da comunidade
paravam quando chegávamos perto o suficiente para escutar. Era como se
tivéssemos entrado numa casa dos espelhos e descoberto que deveríamos
permanecer lá. Eu era a irmã do delinquente da vizinhança, do cara que usava
drogas e bebia. Não importava que eu não tivesse feito nada disso. A vergonha,
como uma epidemia, contamina quem está por perto.”
Os dias da garota resumiam-se em estudar e assistir reality
shows quando estava em casa, completamente solitária. Até que, voltando da nova
escola, decide parar em uma pizzaria, onde conhece os filhos do dono do
estabelecimento, Layla e Mac.
Sydney e Layla rapidamente tornam-se grandes amigas, embora
as diferenças de suas condições financeiras e estilos de vida sejam gritantes.
Sydney consegue finalmente se abrir com alguém e divide com Layla seus
segredos, como se sente em relação ao irmão e aos pais. A nova amiga consegue
compreendê-la perfeitamente, pois sempre se sentiu à sombra dos irmãos, sendo a
caçula da família que tem Mac, o garoto inteligente e responsável e Rosie, uma
talentosa patinadora que precisou prestar contas à Justiça por envolver-se com
coisas ilegais, assim como o irmão de Sydney.
“Do outro lado do pátio, alguém riu. Duas garotas com
uniforme de hóquei na grama passaram por nós, uma no celular, a outra abrindo
um chiclete. Vidas felizes, normais, em que tudo acontecia de maneira feliz e
normal num mundo que podia ser tudo, menos
feliz e normal. Depois que se toma consciência disso, que passamos por algo que
torna isso claro como a água, não dá pra esquecer. Como um rosto. Ou um nome.
Não importa como você descobre essa verdade absoluta: uma vez que você a
aprende, ela nunca mais vai embora.”
Sydney passa a ter os novos amigos e a família de Layla como
um lugar de refúgio e uma válvula de escape. Sua mãe está completamente
obcecada em apoiar o irmão e o pai apenas segue o que ela decide.
O leitor facilmente sente empatia pela adolescente e
compreende como ela se sente, principalmente pelo fato de ela ser a narradora.
Enquanto lia, senti raiva das atitudes de seus pais, senti pena por ver Sydney
ser injustiçada e refleti sobre como tendemos a enxergar as situações por
apenas uma ótica, que nem sempre é a verdade absoluta dos fatos.
A autora construiu ótimos personagens, cada um com sua
peculiaridade bem definida e com clara importância no decorrer da história.
Dessen tratou temas delicados com leveza, inserindo cenas divertidas na
quantidade certa.
A profundidade dos relacionamentos retratados é bem tocante e
as mudanças e crescimento, principalmente da protagonista, são um ponto alto. Os
bons segredos é um típico Young adult, muito
bem escrito e traz uma ótima mensagem para os leitores.
A capa traz uma ilustração muito interessante e curiosa, que
só passa a fazer sentido mais ou menos na metade do livro.
Ah, importante destacar que, durante a leitura, certamente é
difícil controlar a vontade de comer pizza e batata frita! (Risos)
Nós, do Universo dos leitores, recebemos a prova antecipada
da obra, lançamento do selo Seguinte da Companhia das letras.
“Quando nos vemos diante da coisa mais assustadora, só
queremos voltar atrás, nos esconder no nosso lugar invisível. Mas não podemos.
É por isso que o importante não é apenas sermos vistos, mas ter alguém que nos
veja também.”
Crítica
Editora Intrínseca
História em Quadrinhos
O árabe do futuro - Uma juventude no Oriente Médio, de Riad Sattouf
00:05Universo dos Leitores
Escrita pelo cineasta Riad Sattou, a HQ autobiográfica O Árabe do Futuro - Uma juventude no Oriente Médio (1978-1984), é a primeira de uma trilogia e narra, com intensidade, leveza e sinceridade, a vida de Riad, um garoto que vive com os pais na França, mas que precisa se mudar para o Oriente Médio.
A mudança, que acontece de forma inesperada, faz com que a família vivencie novas experiências e enfrente novos desafios. Logo que chegam na cidade, descobrem que lá não existe propriedade privada e sequer privacidade. Governada pelo Coronel Muamar Kadafi, o país vive um socialismo intenso e enfrenta muitos problemas.
Com contextos políticos e históricos completamente diferentes, o processo de adaptação na Líbia acaba não sendo fácil como era esperado, o que faz com que eles retornem para a França. Contudo, após um curto período vivendo em Paris, o pai de Riad recebe uma proposta de emprego na Síria, o seu país de origem.
Com isso, a família se muda novamente e passa a enfrentar o choque de viver em um local com um governo ditatorial e cruel com o de Hafez-al-Assad. Em todos os locais existem fotografias do ditador e por medo todos parecem idolatrá-lo; as crianças são estimuladas a brigar, para que aprendam a se defender e, no futuro, ingressem no exército; as orações acontecem fervorosamente e todos precisam saber o Alcorão de cor. O que impera no país são as regras. Apenas regras. Liberdade, por sua vez, ninguém conhece.
Narrada sob a perspectiva de uma criança inocente, a história fala sobre questões raciais, sobre o impactos e as complexidades de um governo ditatorial, e sobre uma religiosidade por vezes excessiva.
O interessante é que além de nos mostrar uma realidade diferente da que conhecemos, a leitura também reflete o peso da influência do pai na criação de um filho e discorre sobre a nossa capacidade de adaptação e de aceitação daquilo que nos é imposto. Fica um questionamento: aceitamos por concordar ou por precisar sobreviver?
A mudança, que acontece de forma inesperada, faz com que a família vivencie novas experiências e enfrente novos desafios. Logo que chegam na cidade, descobrem que lá não existe propriedade privada e sequer privacidade. Governada pelo Coronel Muamar Kadafi, o país vive um socialismo intenso e enfrenta muitos problemas.
Com contextos políticos e históricos completamente diferentes, o processo de adaptação na Líbia acaba não sendo fácil como era esperado, o que faz com que eles retornem para a França. Contudo, após um curto período vivendo em Paris, o pai de Riad recebe uma proposta de emprego na Síria, o seu país de origem.
Com isso, a família se muda novamente e passa a enfrentar o choque de viver em um local com um governo ditatorial e cruel com o de Hafez-al-Assad. Em todos os locais existem fotografias do ditador e por medo todos parecem idolatrá-lo; as crianças são estimuladas a brigar, para que aprendam a se defender e, no futuro, ingressem no exército; as orações acontecem fervorosamente e todos precisam saber o Alcorão de cor. O que impera no país são as regras. Apenas regras. Liberdade, por sua vez, ninguém conhece.
Narrada sob a perspectiva de uma criança inocente, a história fala sobre questões raciais, sobre o impactos e as complexidades de um governo ditatorial, e sobre uma religiosidade por vezes excessiva.
O interessante é que além de nos mostrar uma realidade diferente da que conhecemos, a leitura também reflete o peso da influência do pai na criação de um filho e discorre sobre a nossa capacidade de adaptação e de aceitação daquilo que nos é imposto. Fica um questionamento: aceitamos por concordar ou por precisar sobreviver?
Os traços são bem simples, em estilo de ilustrações infantis, e possuem cores diferentes conforme os períodos da vida do personagem, o que torna a leitura envolvente e diferenciada.
Sem dúvida uma HQ interessante e inteligente, que nos coloca diante de culturas diferente e que emociona nos pequenos detalhes. Vale a pena conferir...
Já estou curiosa (e ansiosa) com a continuação!
Sem dúvida uma HQ interessante e inteligente, que nos coloca diante de culturas diferente e que emociona nos pequenos detalhes. Vale a pena conferir...
Já estou curiosa (e ansiosa) com a continuação!
A princesinha de Vader e Darth Vader e filho
Editora Aleph
Star Wars
A princesinha de Vader e Darth Vader e filho, de Jeffrey Brown
00:00Universo dos Leitores
Como tantos outros fãs de Star Wars, fiquei super interessada no quadrinho inspirado na série lançado pela Editora Aleph, e para minha alegria o encadernados não demoraram a chegar por aqui. A princesinha de Vader e Dart Vader e filho mostram o lado paternal do maior vilão das galáxia ao lado de seus dois filhos.
Provando que pode haver amor (e humor) no lado negro da força, Jeffrey Brown revela com muita irreverência momentos íntimos de Vader e seus filhos, Leia e Lucke em cenas cotidianas engraçadíssimas.
Ao lado dos filhos Vader enfrenta situações divertidas e inusitadas para um vilão intergaláctico, porém bastante frequentes no dia a dia de qualquer pai.
A simplicidade dos quadrinhos fica ainda mais evidente com a leveza das ilustrações e o tom despretensioso com o qual Jeffrey Brown conduz as pequenas histórias narradas em cada página.
A linguagem dos quadrinhos também permitem que o livro conquiste pessoas de todas as idades, desde os fãs mais nostálgicos às crianças que estão cada dia mais interessadas (e apaixonadas) por Star Wars. Quem quiser pode conferir fotos e detalhes logo abaixo:
A simplicidade dos quadrinhos fica ainda mais evidente com a leveza das ilustrações e o tom despretensioso com o qual Jeffrey Brown conduz as pequenas histórias narradas em cada página.
A linguagem dos quadrinhos também permitem que o livro conquiste pessoas de todas as idades, desde os fãs mais nostálgicos às crianças que estão cada dia mais interessadas (e apaixonadas) por Star Wars. Quem quiser pode conferir fotos e detalhes logo abaixo:

Edições especiais
Escritora Angélica Pina
Matérias Literárias
Livros em edições especiais
00:00Angélica Pina
Olá, leitores!
É interessante conviver com pessoas apaixonadas por livros e
conhecer as manias que têm. Alguns não se apegam aos seus exemplares,
depois de terem lido até doam, para que outras pessoas desfrutem das histórias.
Outros fazem questão de ter uma estante toda organizada, seja por tamanho, por
cor, por editora, o que importa é ter seus amados livros sempre à vista. Há
ainda os que não resistem às edições especiais - ou edição de colecionador,
edição de luxo - e acabam tendo até mais de um exemplar de uma mesma obra pelo
fato de encontrar um mais bonito, seja por ter capa dura, acabamento diferente,
entre outros detalhes.
Entre esses do último grupo, sempre vejo muitos encantados
com os clássicos da Barnes & Noble (rede de livrarias dos Estados Unidos)
com capas de couro e lindas edições de livros que já são amados pelo público.
Vejam alguns deles:
Apesar de lindos, esses são em inglês e, infelizmente, nem todo
leitor tem a habilidade necessária para tal leitura. Pensando nisso, separei
alguns em português que também são de encher os olhos dos apaixonados por
livros bonitos:
E vocês, gostam de colecionar livros em edições especiais? O que acham desses? Compartilhem conosco nos comentários.













































